sexta-feira, 4 de maio de 2012

novo Ford Fusion 2012

Foto: Divulgação 

A Ford corrigiu o maior pecado da primeira geração do Fusion: o carro, até então, tinha uma aparência um tanto esquizofrênica, pois tentava combinar um jeitão de sedã comportado com uma maquiagem jovial, com direito a lanternas tunadas de gosto duvidoso. Não chegava a desagradar compradores jovens nem maduros, mas estava longe de arrebatar corações. Era, essencialmente, uma compra racional. Agora, não. O novo modelo ganhou um design mais harmonioso e esportivo, capaz de transformar o Fusion também em uma compra emocional. O G1 andou nas duas versões do modelo, com motores 2.5 16V e V6 3.0 24V, na estrada que liga a Praia do Forte a Salvador, na Bahia. 
Com isso, o modelo que já liderava o mercado de sedãs entre R$ 80 mil e R$ 100 mil ganha ainda mais argumentos para manter a ponta frente ao coreano Hyundai Azera, ao francês Peugeot 407, ao japonês Honda Accord e ao alemão Volkswagen Jetta, além, é claro, das versões topo de linha de Honda Civic e Toyota Corolla.


Foto: Divulgação

Na parte frontal a grade de três barras cromadas característica do modelo foi mantida, mas os faróis ganharam desenho mais horizontal, projetores elípticos e lentes escurecidas para aumentar a esportividade. Os faróis de neblina, posicionados ao lado da grade inferior trapezoidal, harmonizam com a proposta. A traseira ganhou novas lanternas, de efeito tipo colmeia. A tampa do porta-malas também foi redesenhada e, junto com o pára-choque, reforça a nova proposta do modelo. 
Mas as novidades não se limitam ao design, já que o sedã ganhou equipamentos inexistentes na geração lançada em 2006, tais como câmbio automático de seis marchas (o antigo tinha cinco), direção elétrica, ar-condicionado digital dual-zone, bancos dianteiros com ajustes elétricos, sistema de som premium Sony com 390 watts de potência e 12 alto-falantes, além de dois novos motores: o Duratec 2.5 16V com 173 cavalos de potência e 22,9 mkgf de torque (o antigo 2.3 tinha 163 cv) e o inédito Duratec V6 3.0 24V de 243 cavalos de potência e 30,8 mkgf de torque. 
O preço de tabela não foi alterado, apesar de o modelo antigo estar à venda com desconto de até R$ 20 mil (R$ 64,8 mil). A versão de entrada do novo Fusion 2.5 16V sai por R$ 84,9 mil, com teto solar o preço sobe para R$ 88,9 mil. Já o preço da topo de linha V6, antes indisponível no Brasil, é R$ 99,9 mil (R$ 103,9 mil com teto solar). Essa versão, além da maior potência, entrega tração integral nas quatro rodas, câmbio com trocas sequenciais e central multimídia Sync com software desenvolvido pela Microsoft, tela de LCD de 8 polegadas touch screen, comando de voz, bluetooth e juke box de 10 GB para armazenar fotos e músicas.


Foto: Divulgação

O painel foi redesenhado e passou a ter a nova identidade mundial dos produtos Ford, com o painel de instrumentos de iluminação permanente na cor batizada de “Ice Blue”, azul esverdeada. O modelo ainda traz o sistema de personalização “Ambient Lightin” que permite escolher entre sete cores para iluminar pontos internos da cabine, o mesmo sistema encontrado no SUV Edge, um tanto quanto espalhafatoso demais – mas existe a opção de desligá-lo... 
O acabamento interno é de ótima qualidade, com o painel totalmente emborrachado e peças de plástico com boa textura e encaixes precisos. O volante multifuncional, assim como os bancos de couro de série, levam costuras com pespontos claros para valorizar os detalhes e realçar as linhas dos novos bancos, segundo a montadora. 

O Fusion é generoso com seus cinco ocupantes, que viajam sem apertos tanto nos bancos da frente quanto nos de trás. Sobra espaço para pernas, troncos e cabeça, um dos pontos altos desde a geração anterior, que cedeu a plataforma para esse novo modelo. O porta-malas segue a mesma generosidade e entrega 530 litros de capacidade para bagagem.
Em ação, o Fusion mostrou-se muito agradável de dirigir. Com um isolamento acústico de primeira, filtra os ruídos externos deixando a viagem agradável e o bate-papo sem um tom de voz elevado. As arrancadas são adequadas aos dois tipos de motor, com o câmbio automático de seis marchas aproveitando ao máximo a curva de torque. O funcionamento é suave, sem trancos nem hesitação do sistema.
Ambos os motores têm quatro válvulas por cilindro e coletor de admissão com dutos variáveis, sendo totalmente de alumínio. Segundo a montadora, a versão V6 vai de 0 a 100 km/h em apenas 8,5 segundos e percorre 7,3 quilômetros com um litro de gasolina na cidade e 11,7 quilômetros na estrada. Já a quatro cilindros precisa de 9,9 segundos para ir de 0 a 100 km/h e tem percorre 9,2 quilômetros na cidade e 14,4 quilômetros na estrada com um litro de gasolina.


Foto: Divulgação

O Fusion traz ainda seis airbags (frontais, laterais e tipo cortina), controle de tração e estabilidade, freios ABS e vários outros requintes de segurança e conforte que se espera de um sedã de luxo na faixa dos R$ 100 mil. O modelo tem três anos de garantia e está disponível em sete opções de cores perolizadas: Preto Bristol, Prata Munique, Cinza Berlim, Vermelho Ibiza, Branco Sibéria, Verde Lion e Azul Florence.
Obviamente que as arrancadas e a saúde do motor V6 são mais empolgantes na hora de acelerar, mas o bom desempenho do motor 2.5 mostrou-se mais adequado para a proposta do veículo (que tem velocidade máxima limitada em 180 km/h nas duas versões) e, principalmente, para as condições das estradas e do trânsito no Brasil. Apesar de se candidatar a uma compra emocional, com a chegada da nova geração, a racionalidade do custo/benefício, que colocou o Fusion no topo de vendas do segmento, ainda fala mais alto e faz da versão 2.5 a opção mais atraente.


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